Inteligência Emocional

O poder da empatia e a habilidade na prática

A empatia é a capacidade de colocar-se no lugar do outro e sentir emoções que não são suas, mas que não devem ser ignoradas. Elas são importantes em todas as relações interpessoais, das mais íntimas até as mais superficiais.

Quem desenvolve a habilidade da Inteligência Emocional é capaz de reconhecer sinais elementares da empatia, como tom de voz, bom ouvido, aceitação às diferenças e atenção aos assuntos do outro, ainda que (ou, principalmente, quando) não interessem a você, dentre outras atitudes.

É uma via de mão dupla: a empatia necessita da inteligência emocional para existir, e a inteligência emocional requer empatia para estar completa.

Existem três tipos de empatia importantes para essa habilidade:

  • empatia cognitiva: capacidade de entender o ponto de vista de outra pessoa;
  • empatia emocional: talento de sentir o que o outro está sentindo;
  • e preocupação empática: habilidade de perceber que o próximo precisa de você.

O modo como interagimos com o mundo retrata a forma com que lidamos com nossas emoções. Mais que isso, é um reflexo do nosso diálogo interno. Afinal, se você critica muito os outros, não tem paciência ou tolerância com os que convivem com você ou cobra muito em suas relações, certamente trata a si próprio desta mesma forma. 

Praticando empatia

O mundo sempre passa por cenários onde a empatia é muito requisitada. Contudo, os últimos anos – e 2020, em especial, pedem uma atenção maior a essa habilidade. Para desenvolver empatia é preciso seguir um processo de reconhecimento de sentimentos parecido com o que relatei neste post. 

Use o quadro abaixo para selecionar pessoas (seja do seu círculo pessoal ou profissional) e entender suas emoções.

Em uma coluna, avalie a capacidade da pessoa em cada habilidade (se é (B) baixa, (M) média ou (A) alta) e a frequência com que ela é praticada.

Reconhecendo seus sentimentos 

Além do ambiente e da rotina, o convívio com as pessoas é um grande desencadeador de sentimentos. Vamos começar a reconhecê-los?

Liste as 6 pessoas com quem você mais convive e analise, durante uma semana, os principais sentimentos que elas te causam.

Novamente, não se esqueça de identificar a situação e qual emoção você teve em relação a ela.

Ao fim da semana, responda a essas perguntas:

Observando sua semana, quem lhe causou mais sentimentos negativos? E por que?
Percebe algum padrão?
Como você pode criar mais oportunidades para sentir suas emoções positivas diante destas pessoas?
Você reconhece, nas situações, o que as pessoas fazem para desencadear tal sentimento?
Analise o grau de adequação da forma com que você expressa diversos sentimentos. Há alguma mudança que gostaria de fazer? Como criar novos padrões para expressar seus sentimentos?

Benefícios do poder da empatia

Ao desenvolver a empatia você terá mais capacidade de discernir as emoções dos outros, com base em pistas situacionais e expressivas que, em grau de consenso cultural, estabelecem significado.

Os benefícios da empatia não são sentidos apenas por quem convive com uma pessoa empática. Na verdade, a habilidade torna melhor a vida de quem se dispõe a cultivá-la em suas relações, impactando positivamente o seu próprio bem-estar.

Na família, a convivência torna-se mais leve. Graças à tolerância para lidar com as diferentes personalidades, a pessoa empática desfruta de paciência e apoio no relacionamento familiar.

Nos estudos ou no ambiente profissional, por saber compreender os diferentes pontos de vista, quem tem empatia consegue expor melhor suas ideias sem invalidar a contribuição dos demais, alcançando êxito no trabalho em equipe.

No relacionamento com os amigos ou parceiro/a, o cultivo dessa habilidade fortalece a confiança. Em um cenário propício, as pessoas se abrem mais e conseguem forjar laços pautados pelo respeito à verdade do outro, o que favorece a perenidade das relações.

Quanto mais é praticada, mais os efeitos positivos da empatia se multiplicam sobre as diferentes áreas da vida. E, por se tratar de uma habilidade humana, investir em seu desenvolvimento é uma questão de disponibilidade para o aprendizado.

Assim, quanto antes as lições começarem, melhor. 😉

Conta nos comentários o que você achou dessa prática!

Comentários (1)
  1. Ramon de Oliveira Correa disse:

    Quando mais eu leio os artigos, mais me identificou com cada um que escreve por aqui. Que texto fantastico!

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