Carreira

Responsabilidade afetiva trabalho: saiba como aplicar na prática

Responsabilidade: diz respeito à condição ou qualidade de alguém em ser responsável. Essa consciência dá ao agente responsável ou portador da responsabilidade a obrigação de reparar os danos causados a outros através da realização de seus atos.

Afetividade: capacidade do ser humano de ser afetado positiva ou negativamente tanto por sensações internas como externas. A afetividade é um dos conjuntos funcionais da pessoa e atua, juntamente com a cognição e o ato motor, no processo de desenvolvimento e construção do conhecimento.

E quando juntamos as duas coisas? 

Ao falarmos de responsabilidade afetiva, imediatamente associamos a algo ligado à relações amorosas. É aquele cara que prometeu mares e rios antes de te conhecer, e depois que vocês se conhecem e “ficam” ele desaparece. Ou aquele namorado ou namorada que manda uma mensagem repentina e inesperada terminando o relacionamento. 

Sim, esses são casos de responsabilidade afetiva, ou melhor, da falta dela, mas não é só no âmbito amoroso que essa responsabilidade é necessária. Precisamos ampliá-la para todos os tipos de relações, sejam elas afetivas ou não. 

É importante frisar que o termo não significa reciprocidade amorosa, até porque ninguém é obrigado a gostar de ninguém. Porém, muito diferente disso, são as situações nas quais não há honestidade, fazendo com que uma das partes possa se iludir e, consequentemente, se magoar. 

Mas, e no mundo profissional, como a responsabilidade afetiva se aplica?

A responsabilidade afetiva surge com o intuito de manter aberto um canal de comunicação e respeito não só entre gestores e subordinados, mas entre todos os colaboradores. Em situações de vida profissional devem levar consigo a preocupação sobre o que se pode causar nas emoções do outro.

Independentemente do vínculo estabelecido, é muito importante não gerar falsas expectativas. Um exemplo claro e clássico disso é quando o recrutador não dá um feedback para o candidato que não foi aprovado na vaga que estava concorrendo, ou quando o gestor não retorna para seu liderado que está esperando uma resposta sobre seu projeto. 

Um e-mail não respondido, uma resposta ríspida ou agressiva, negar uma ajuda, tentar prejudicar o colega ou até mesmo se ausentar de responsabilidades que envolve o coletivo, tudo isso são exemplos de falta de responsabilidade efetiva.

E como saber se estou sendo responsável afetivamente?

Exercitar a empatia é um bom termômetro para saber se estamos colocando a responsabilidade afetiva em prática. Se você está caminhando corretamente, se não perdeu a sensibilidade e a capacidade empática de entender o sofrimento e angústia do outro, ou se consegue sentir um constrangimento ao efetuar uma ação que afeta ou machuca a outra pessoa.

Zelo e cuidado ajudam a preservar o outro de algum sofrimento motivado pelo envolvimento afetivo criado. Portanto, ética e transparência devem ser alimentadas desde sempre.

É importante que haja um esforço para que os termos da relação estejam bem definidos: condições, desejos, expectativas, disponibilidades. Isso ajuda a situar e delimitar como o colaborador irá proceder e reagir aos reflexos e atitudes dentro da empresa. Saber como dizer o que se espera do outro, da relação e o que está disposto a oferecer é um dos pontos chaves de se estabelecer essa afetividade.

Em um momento onde estamos pregando o respeito ao próximo e à diversidade, a frase “Não faça pelo outro o que você não gostaria que fizesse com você”, nunca fez tanto sentido. Essa sem dúvida é uma das melhores maneiras de começar a praticar a responsabilidade afetiva, não só no trabalho, mas em todas as áreas da nossa vida.

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