Diversidade

Empresas ainda têm políticas pouco eficazes para inclusão da diversidade

O tema “inclusão da diversidade” está em alta nas discussões voltadas para uma sociedade melhor, mais justa e igualitária no Brasil e no mundo.

A pauta tem por objetivo falar sobre pessoas e suas singularidades, vivências, experiências e formas de se colocar em diversos espaços sociais, econômicos, políticos e corporativos.

Nunca, em toda a história da humanidade, esse tema foi tão debatido.

As propostas de mudanças comportamentais buscam inserir grupos menos favorecidos, como mulheres, negros, negros, LGBTQIA+ e pessoas com deficiência, entre outros, em todos os contextos, principalmente no mercado de trabalho.

Contudo, ainda existem instituições que pensam que essa agenda não passa de um modismo, não se preocupando em realizar ações mais eficazes para manter um quadro de colaboradores mais diverso e  usufruir de todos os benefícios que a inclusão proporciona. 

De acordo com a pesquisa realizada pela consultoria global Great Place To Work (CPTW), embora muitas organizações apresentem políticas para inclusão de minorias, tais práticas ainda se mostram pouco eficazes para grande parte dos colaboradores.

Inclusão da Diversidade: o que diz a pesquisa?

O Great Place To Work é uma consultoria global que auxilia empresas a obterem os melhores resultados em sua cultura organizacional.

O objetivo á garantir uma relação de confiança entre equipes e empresas e mapear  aspectos e características das minorias  sociais dentro dos ambientes corporativos.

Realizado entre outubro de 2021 e junho de 2022, o estudo entrevistou mais de 14 mil profissionais.

De acordo com os resultados, a grande maioria dos colaboradores em cargos de presidência, diretoria e gerência são pessoas cis e heteronormativas (92%).

Dos 10% que se autodeclaram LGBTQIA+, apenas 8% estão em cargos de liderança e 6%  ocupam vagas de  presidência/diretoria das organizações.

Mas os números não param por aqui.

Além da baixa aderência aos cargos de poder, a pesquisa apontou discriminação, assédio ou intimidação, envolvendo comentários de gênero, orientação sexual, raça e etinias.

De maneira geral, os LGBTQIA+ são os que mais escutam comentários preconceituosos:  24% dos homossexuais e 38% dos pansexuais afirmaram sofrer algum tipo de discriminação no ambiente de trabalho, se contrapondo aos heterossexuais que são apenas 12%.

O levantamento desses dados é importante, pois leva em consideração a percepção do funcionário dos grupos minoritários, e principalmente, se as práticas e ações promovidas pelas empresas estão tendo resultados significativos.

O que vemos hoje em dia é uma agenda de diversidade e inclusão voltada a estratégias corporativas como forma de mostrar que a empresa está em dia com as pautas.

Mas, na prática, as ações de inclusão da diversidade não são vistas como prioridade.

É comum vermos lideranças  e equipes despreparadas, mostrando dificuldades em lidar com acolhimento, respeito e valorização de profissionais que fazem parte de grupos diversos.

O balanço geral da pesquisa demonstra que as políticas de respeito, integração  e que tornam o ambiente de trabalho diverso estão com ligeira retração na importância das diretrizes do ambiente corporativo.

Dessa forma, além de colocar em prática processos seletivos para minoria, por exemplo, é fundamental quebrar preconceitos e estereótipos dos funcionários, começando pela alta gestão.

Por que as empresas devem estar atentas à inclusão da diversidade?

A diversidade no local de trabalho é um aspecto decisivo para o mundo dos negócios. Independentemente de raça, opção sexual, gênero e crenças, todos devem receber as mesmas oportunidades no mercado de trabalho.

Ser uma empresa com políticas para inclusão e diversidade não é fazer caridade ou responsabilidade social: estamos lidando com profissionais que precisam ter a chance de mostrar seu potencial. 

A diversidade nas empresas representa um grande diferencial competitivo,  já que eleva o capital humano e traz pontos de vista diferentes e experiências  distintas, podendo levar a soluções inovadoras. 

Pois, quanto mais diverso for o capital humano, mais amplo e plural serão as ideias e repertórios.

Isso possibilita a formação de conhecimento mais genuíno e efetivo, melhora do clima organizacional, abertura para feedbacks, comunicação eficaz e facilidade para resolução de problemas, entre tantos outros benefícios.

Conscientizar empresas e sociedade é a melhor ferramenta para criar políticas cada vez mais efetivas de inclusão da diversidade, sendo uma agenda forte e urgente em todas as instituições.

Para saber mais sobre esse universo de diversidade e inclusão, continue acompanhando o blog Profissas e saiba como ajudar a mudar esse cenário.

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