Carreira

Os desafios da mulher no mercado de trabalho

Infelizmente, não é novidade nenhuma ouvir sobre como a mulher ainda sofre com a desigualdade em termos de desenvolvimento profissional. Os desafios começam antes mesmo de estarmos no mercado. As estatísticas do IPEA, comprovam que em torno de 50% das mulheres brasileiras estão buscando emprego e/ou atuando no mercado, contra 80% dos homens. É uma diferença brutal. Qual o motivo?

Não existe uma razão única. Estamos falando de um sistema social patriarcal, predominantemente machista, que vêm afetando todos nós por décadas. São crenças limitantes que foram passadas de geração para geração, em frases machistas como “lugar de mulher é na cozinha”, “isso não é coisa de mulher” (substitua isso por diversas profissões onde a participação feminina é ínfima). Além das crenças limitantes que impactam em todas nós, somente por sermos mulheres, ainda temos toda a pressão e carga do trabalho reprodutivo. Uma pesquisa do IBGE de 2014 mostrou que 90% das mulheres que trabalham, ainda são responsáveis por trabalhos domésticos e cuidados relacionados aos filhos. No sexo masculino, o percentual cai para 51,3%.

Você tem dúvidas de que isso é o dia a dia das mulheres? Outra pesquisa, agora do OCDE, também em 2014, mostrou que o salário médio feminino com educação superior representa 62% do de um homem com a mesma formação.

É impossível falar de dificuldades das mulheres no mercado de trabalho sem avaliarmos todos dados acima. Mas isso não é tudo, nem contém todos os fatores que afetam a carreira das mulheres. Outro fator limitante está ligado à outras questões, mais profundas e nem sempre levantadas. Você sabia que o maior sabotador da carreira feminina é a insegurança? Como coach de vida e carreira, vejo isso na prática, diariamente, durante meus atendimentos. Além da minha experiência, várias pesquisas validam como inseguranças nos afetam muito mais que os homens, no ambiente profissional.

Uma pesquisa muito interessante, mundial, feita pela HP, mostrou que mulheres não se candidatam a uma promoção se não acreditarem ter 100% dos atributos necessários àquela vaga. Enquanto que homens, em geral, se candidatam se tiverem cerca de 60% das competências necessárias para aquela posição. Um dado no mínimo interessante para refletirmos, não acham?

O autoconhecimento é uma ferramenta poderosa para trabalharmos nossas crenças limitantes, medos e inseguranças. Todas mulheres podem e devem confiar mais em suas competências, cuidando para que isso não vire uma busca incessante pela perfeição, que no final, só gera culpas.

Além de todas dificuldades causadas por décadas de machismo que ainda nos afetam, ainda temos que enfrentar um processo de construção de autoconfiança que é diferente do que acontece com os homens. Precisamos falar mais sobre isso. Está mais do que na hora de reconhecermos todas nossas competências, nos posicionarmos e bancarmos nossas próprias ideias. Parte desse trabalho é o que realizo em minhas sessões de coaching, as quais você pode saber mais clicando aqui!

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