Hoje, 18 de julho, celebra-se o Dia Internacional Nelson Mandela (1918 – 2013).
A data é do aniversário do ex-presidente da África do Sul, que lutou contra o apartheid e se tornou um ícone da luta por direitos igualitários entre diferentes etnias.
A homenagem foi estabelecida em novembro de 2009, na Assembleia-Geral das Nações Unidas.
Em 2022, a data será comemorada pela 12º vez, quando o líder sul-africano completaria 104 anos de idade.
A trajetória de Nelson Mandela é marcada por seu empenho na promoção dos direitos humanos, solução de conflitos e igualdade de gênero.
E nós da Profissas, é claro, não poderíamos deixar de falar de uma pessoa tão importante, que nos inspira diariamente em nossa jornada pela Diversidade e Inclusão.
No texto de hoje, separamos alguns destaques de sua vida, que ajudam a entender melhor sua relevância no contexto mundial e seu legado no combate ao racismo.
A história de Nelson Mandela
Alguns nomes como Rolihlahla, Tata ou Madiba eram utilizados para se referir à Nelson Mandela.
Ele dedicou sua vida a promover igualdade, democracia e acabar com um dos sistemas mais perversos da humanidade, o apartheid.
Mandela foi o primeiro membro da família a frequentar a escola, aos 7 anos.
Infelizmente, no ano seguinte perdeu seu pai, que o ensinou os sensos de justiça e determinação.
Desde então, o jovem foi tutorado por seu tio Jongintaba Dalindyebo.
Essa situação mudou toda a sua história, afinal, a família desejava que Nelson herdasse as responsabilidades de seu pai, para isso ele teria que se casar com uma mulher que nunca havia visto antes em sua vida.
O resultado foi a fuga do jovem.
Depois disso, Nelson Mandela se interessou por adquirir novos conhecimentos.
Ele deu início aos seus estudos na Universidade Fort Hare, a única universidade sul-africana que aceitava negros.
Ali se engajou com estudantes que frequentavam o Congresso Nacional Africano (CNA), partido que queria unir os grupos étnicos sul-africanos contra a hegemonia branca e, mais tarde, o apartheid.
Devido ao seu comprometimento, o jovem foi eleito pelos colegas para comandar o conselho, porém ele se recusou a assumir o cargo.
Aos 23 anos, em 1941, Mandela segue para Joanesburgo, fugindo de outro casamento arranjado.
Dessa vez, ele foge acompanhado de seu primo Justice, ambos passam a viver em condições precárias no subúrbio de Alexandra, província de Gauteng.
A princípio, os dois trabalhavam como vigias em uma mina para se sustentar.
Apesar das dificuldades, Mandela continuou estudando Direito à noite e teve ajuda do líder sindical Walter Sisulu para encontrar um estágio na área de advocacia.
Essa proximidade com o ativista, fez com que Mandela ingressasse para o CNA e passasse a se preocupar cada vez mais com o que estava acontecendo em seu país.
Apartheid e Prêmio Nobel da Paz
O engajamento de Mandela com a luta anti-apartheid emergiu durante sua vivência em Joanesburgo em meio as townships, mais precisamente no bairro de Soweto.
O regime segregacionista institucionalizado em 1948, havia instaurado leis como: proibição de casamentos interraciais, criminalização de relações sexuais entre pessoas de grupos raciais distintos, separação de praias, calçadas, ônibus, hospitais, universidades.
Esse conjunto de ações, mais a privação de direitos políticos e civis dos negros, juntamente com o confinamento de pessoas em determinadas regiões pelo governo, resultou em uma série de massacres e mortes da população negra.
Sendo assim, diversos ativistas se dedicaram a lutar contra a opressão racial e o fim do apartheid, para formar uma sociedade mais justa e democrática. Entre eles, estava Nelson Mandela.
O líder sul-africano foi um dos maiores responsáveis pelo fim do regime e não desistiu mesmo quando ficou preso durante 27 anos acusado de traição e sabotagem.
Em 1990, após forte pressão internacional e intensas negociações, ele finalmente foi solto.
Todo o esforço de Madiba havia sido recompensado, no ano de 1993 ele e o presidente Frederik de Klerk assinaram a nova Constituição sul-africana, finalizando mais de 300 anos de dominação política da minoria branca.
Nesse mesmo ano, recebeu o Prêmio Nobel da Paz, “por seu engajamento em prol da conciliação e por sua coragem e integridade”.
Exemplo de liderança na África do Sul
Nelson Mandela governou a África do Sul entre 1994 e 1999, porém continuou sendo um grande exemplo de liderança mesmo após sua aposentadoria.
Sua liderança se mostrou acessível para todas as pessoas e podemos aprender algumas lições com sua trajetória:
Resiliência
Durante os 27 anos que passou preso, Mandela se manteve focado em seu objetivo de tornar a África do Sul um país livre para todos. O líder demonstrou que é preciso lidar com adversidades pelo caminho e que elas não são motivos para desistir de seus planos.
Justiça
Sua liderança sempre buscou ser justa.
Enquanto estava preso, Mandela se recusou diversas vezes a ser solto, pois não conseguia chegar a um acordo com os líderes nacionais brancos.
Ele queria a liberdade de todos as pessoas presas políticas e que seu partido voltasse a ser legalizado.
Mandela fazia suas escolhas e decisões pensando no que seria justo para a maioria.
Empatia
Nelson Mandela acreditava que deveríamos nos colocar no lugar do outro, uma das premissas da filosofia Ubuntu.
“As pessoas são ensinadas a odiar e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar, porque o amor é algo mais natural para o coração humano do que seu oposto.”
Ele tentou sempre compreender as razões que levavam as ações dos outros, com isso podia argumentar e levar suas ideias à elas da melhor forma.
Se inspire em Nelson Mandela
Ainda que você viva um contexto diferente de Nelson Mandela, é possível aprender muito com sua vida e colocar seus aprendizados em prática.
Os valores aqui apresentados fazem parte da característica de diversos outras lideranças ao redor do mundo.
Por isso, Madiba é tão importante na África do Sul e no mundo.
Obrigada por todos ensinamentos, Mandela!
Por aqui, seguimos com o nosso propósito de fazer uma sociedade mais justa e igualitária, principalmente no contexto das organização.
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